A HISTÓRIA DA MODA INFANTIL
A HISTÓRIA DA MODA INFANTIL
O vestuário sempre foi elemento social importante, porque através da roupa acessórios e jóias podia conhecer-se o real poder, prestígio e riqueza de uma pessoa ou família.
Nos séculos passados, no primeiro ano de vida das crianças elas eram totalmente envoltas em faixas com o objetivo de mantê-las aquecidas e ao mesmo tempo prevenir ou corrigir a má formação do esqueleto.
De um a cinco anos usava uma túnica simples unissex, de cor única, preta, vermelha ou marrom, com fendas laterais para facilitar o movimento das pernas, muitas vezes com cortes na frente ou posterior para facilitar a limpeza e higiene, sem distinção entre os sexos.
Já no final de 1500, a moda introduziu uma variante nesse vestuário. Da simples túnica, passou-se para um modelo mais elaborado, totalmente abotoado: corpete e avental branco bordado usados indistintamente para meninos ou meninas, estilo que perdurou até o início de 1800.
O costume de vestir meninos e meninas com vestidos ou saiotes perdurava até os cinco anos de idade, quando eles abandonavam a vestimenta infantil e passavam a usar roupas adequadas à sua nova condição no seio da família. Esse tipo de roupa seguia os modelos dos adultos, reproduzindo em miniatura a moda masculina ou feminina que mudava no decorrer dos séculos acompanhando o gosto e hábitos da época.
Os meninos deixavam o saiote para usar as calças, já as meninas continuavam a se vestir como suas mães, amarradas em saiotes, rígidos corpetes engomados e incômodas golas de renda. Essa complicada forma de se vestir era um contra-senso com a natureza livre e brincalhona das crianças. Estas eram consideradas pequenos adultos e como tal deveriam se vestir e se comportar.
A revolução da moda chegou com Jean Jacques Rousseau, que combatia as roupas infantis que não davam liberdade de movimentos: "Emile deve poder correr, viver muito livre, sem boné, deve ter roupas largas que não comprimam o frágil peito, que não comprimam os pulmões"(Emile, 1762).
Os adultos começaram a pensar nas necessidades dos pequenos e então na segunda metade de 1700, eliminou-se por exemplo as armações das saias, utilizou-se tecidos mais leves e cores claras.
Nesta época a tendência era fazer roupas especialmente feitas para a infância, que eram publicadas nas revistas de moda feminina.
Mas foi só a partir do século XX que a temática das roupas mais confortáveis, leves e práticas para as crianças foi definitivamente levada a sério.
A trajetória da vestimenta infantil é longa, passou por minuciosas transformações.
Atualmente, nós pais temos em mãos uma super diversidade de modelos e estilos, que muitas vezes nos deixam confusos quanto às escolhas. Não bastasse isso, nossas crianças têm autenticidade e opiniões tão próprias que acabam fazendo suas escolhas por si só.
A evolução na vestimenta infantil foi tão lenta por muitos séculos, porém nos dias atuais a situação é completamente inversa, e vemos uma mudança tão rápida de estilos e coleções, que seja ser assustadora.
Você também, muitas vezes se sente perdida diante de tantas coleções novas frequentemente apresentadas à nossa sociedade?